Minicursos

A inscrição no minicurso (M) deverá ser realizada na "ÁREA DO INSCRITO", no período de 25 de setembro a 25 de outubro de 2017, somente por Participantes com a inscrição homologada (paga). Não será permitida a inscrição em mais de um minicurso e nos dias do evento a migração entre os minicursos!

 

M 01 - Ensino da Tabela Periódica através de jogos pedagógicos

 

Ministrantes: Prof. Alexandro Lima Gomes (IFSC) e Acad. Joaquim José Xavier Pascal (IFSC)

Resumo: Dentre os conteúdos de Química abordados no Ensino Médio, o estudo da Tabela Periódica é um dos que mais apresenta problemas para a aprendizagem do aluno devido a sua natureza abstrata. Ele não consegue associar os elétrons, prótons e nêutrons com o mundo real e, na maioria das vezes, esta explicação se restringe ao recurso de quadro, giz e livros. Alternativas são buscadas para modificar esta realidade e a utilização de jogos pedagógicos têm se tornado uma saída eficaz. Estas atividades lúdicas, tanto no ensino Fundamental como no Ensino Médio, são práticas privilegiadas para a aplicação de uma educação que vise o desenvolvimento pessoal do aluno e a atuação em cooperação na sociedade. Desta forma, induza o raciocínio, a reflexão e a construção do seu conhecimento cognitivo, físico, social e psicomotor, promovendo a significação do conteúdo abordado. Este minicurso objetiva a construção de jogos pedagógicos para o Ensino da Tabela Periódica dos modelos dominó, ludo (trilha), dardo, bingo, twister e cartas, utilizando materiais de baixo custo. Discute-se também a forma em que o jogo deve ser apresentado em sala de aula, para que permita a participação ativa do aluno e a socialização de conhecimentos, além do trabalho em equipe, e, por outro lado, avaliar a participação do professor na atividade, de forma que não haja interferência excessiva e, consequentemente, a perda da ludicidade. 

 

M 02 - Resolução de Problema no Ensino de Química - fundamentos epistemológicos e metodológicos

 

Ministrantes: Profa. Dra. Mara Elisângela Jappe Goi (UNIPAMPA) e Profa. Dra. Camila Greff Passos (UFRGS)

Resumo: O minicurso objetiva a formação teórica e prática de professores de Química, para a utilização da metodologia de Resolução de Problemas em suas salas de aula. As ações formativas englobam a discussão sobre os princípios e características da perspectiva de aprendizagem por Resolução de Problemas (RP), sobre alguns dos resultados alcançados com utilização da RP na Educação Básica e Superior de Química; assim como, a realização de oficina para a análise de exemplares e construção de novos problemas.

 

M 03 - Avaliação e complementação de uma sequência didática para o ensino de química: trabalhando com os temas Energia e Mineração

 

Ministrantes: MSc. Nara Alinne Nobre da Silva (IFGoiano) e Acad. Lorena Lemes de Freitas (IFGoiano)

Resumo: A produção de material didático é positiva por incentivar o pensamento autônomo e a auto-formação, contribuindo com a qualidade do trabalho do professor ou do futuro professor. Os próprios documentos oficiais, como as Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Ciências da Natureza e suas Tecnologias enfatizam a importância dos materiais didáticos para mudanças educacionais, que busquem o desenvolvimento de práticas indispensáveis para a construção da competência investigativa e de um ensino de qualidade. Nesse sentido, o presente minicurso busca colocar em pauta a importância da produção de materiais didáticos, trabalhando em especial com as sequências didáticas. Intenciona-se ainda contribuir com a formação dos envolvidos através de discussões e reflexões sobre o uso e a construção de materiais didáticos. As sequências didáticas são compostas por um conjunto de atividades, estratégias e intervenções planejadas etapa por etapa. Logo, o minicurso será dividido em três momentos: a) Abordagem teórica sobre sequência didática - Inicialmente os participantes receberão o link de um formulário online, e através desse serão identificados os conceitos prévios dos mesmos em relação ao tema. Em seguida serão discutidos sobre os objetivos, as características, as etapas de planejamento e as partes fundamentais de uma sequência didática; b) Avaliação de uma sequência didática para o ensino de química/ física na educação básica - serão apresentadas dois modelos de sequência didática: a primeira digital, composta por uma unidade, cujo tema é “Energia”, e a segunda impressa, composta por quatro unidades, cujo tema gerador é “Mineração”. Ambos os materiais foram esquematizadas a partir dos Momentos Pedagógicos: i) problematização inicial; ii) organização do conhecimento; iii) aplicação do conhecimento. Os participantes serão divididos em grupos e receberão uma ficha para avaliar as sequências didáticas; c) Proposição de atividades complementares – Nessa fase serão indicados sites específicos para elaboração de palavras-cruzadas on-line, de caça-palavras, que apresentam simulação, Objetos Virtuais de Aprendizagem e ferramentas lúdicas. Posteriormente, cada grupo deverá propor complementações para as sequências didáticas avaliadas, a fim de enriquecer o material. Acredita-se que esse minicurso promoverá reflexões acerca da produção de material didático, incentivando e formando o participante para a elaboração de sequências didáticas. A etapa de avaliação poderá contribuir com o despertar do senso crítico para a escolha e uso dos materiais didáticos em sala de aula, e a etapa de proposição incentiva as habilidades de planejamento, pesquisa e escrita.

 

M 04 - Os botões de Napoleão as 17 moléculas que mudaram a história: práticas investigativas e dialogadas entre a Química e a Biologia em sala de aula

 

Ministrantes: MSc. Sandra Aparecida dos Santos (UNIDAVI) e Profa. MSc. Anelise Grünfeld de Luca (IFC)

Resumo: O fazer pedagógico necessita dispor de instrumentos e recursos que favoreçam a tarefa de ensinar, no entanto, que estejam a favor das propostas pedagógicas do professor; para os estudantes, os livros paradidáticos e/ou de divulgação científica, podem assumir o papel de contextualização, de aprofundamento, de elaboração de situações problemas e até mesmo de encantamento dos conteúdos conceituais. Este minicurso propõe-se a oportunizar práticas investigativas, a partir de livro: Os botões de Napoleão as 17 moléculas que mudaram a história, no processo de ensino e de aprendizagem das Ciências, em particular da Química e da Biologia; a propor estratégias de leitura e de escrita problematizando situações de ensino novas e abertas, a desenvolver atividades experimentais relacionadas ao tema; a promover o exercício de criar atitudes de enfrentar a aprendizagem como um problema a ser resolvido. Ao elaborá-lo, visamos compartilhar com os participantes episódios de nossas práticas pedagógicas que consideramos significativos no ensino escolar das áreas já citadas.

 

M 05 - Suspenso!

 

M 06 - Especiarias, petroquímica, chocolate e resíduos: proposições para a contextualização no ensino de química orgânica

 

Ministrantes: Profa. MSc. Ana Paula Härter Vaniel (UPF), Profa. Esp. Claudete Terezinha Dal Canton Giacomini (E.E.), Micheli Aguirres (UPF) e Acad. Milene Fracasso Galvagni (UPF)

Resumo: O presente minicurso tem a intenção de apresentar, com o emprego de atividades experimentais e da contextualização, uma reorganização curricular na forma de situações de estudo (SE), em que “[...] a significação dos conceitos se dá pela interação e interlocução entre os sujeitos participantes do processo de ensino e aprendizagem. Nesse contexto, destaca-se o papel do professor com [...] , a função de mediar o aluno no processo de compreensão dos conceitos científicos.” (MALDANER, et.al. 2013). As SE organizadas pelo grupo, têm o objetivo de sistematizar o conteúdo de química orgânica do terceiro ano do ensino médio, afim de que o professor inove e repense sua prática pedagógica e, assim, a aprendizagem dos estudantes torne-se potencialmente significativa. No minicurso, serão abordadas quatro propostas desenvolvidas pelos acadêmicos bolsistas e professores da educação básica, que atuam como supervisores no projeto PIBID/Química/UPF, sendo elas: "Cravo: uma especiaria auxiliando o ensino de química orgânica", "Resíduos orgânicos e inorgânicos, uma abordagem química", "A química do chocolate" e "Indústria Petroquímica". A abordagem dos conteúdos na forma de SE permite que através de um tema, de relações interdisciplinares e com abordagem através de atividades pertinentes, ocorra o desenvolvimento da aula. Constituindo-se em uma possibilidade de aproximar a Ciência Química dos estudantes, para que abandonem a ideia de que essa é finita e acabada, mas em constante construção e aprimoramento de suas teorias. A partir do desenvolvimento de atividades problematizadoras e contextualizadas, acredita-se que é possível formar cidadãos críticos e sensibilizados de suas ações, uma vez que, adquirem conhecimento científico para compreenderem o mundo que os cercam.

MALDANER, O. A; et. al. Pressupostos epistemológicos que balizam a Situação de Estudo: algumas implicações ao processo de ensino e aprendizagem e à formação docente. Ciênc. educ. (Bauru) vol.19 n.1 Bauru. 2013.

 

M 07 - PensaQui: um objeto educacional para o estudo das transformações químicas

 

Ministrantes: Profa. Dra. Daniela Rodrigues da Silva (IFRS), Acad. Bárbara Velasco (UFRGS), Profa. Dra. Gabriela Trindade Perry (UFRGS), Esp. Vitor Secretti Bertoncello (IFRS) e Prof. Dr. José Claudio Del Pino (UFRGS)

Resumo: O PensaQui é um objeto educacional que tem por objetivo proporcionar aos docentes da área da química e/ou ciências uma ferramenta pedagógica distinta das tradicionalmente utilizadas, possibilitando conhecer e problematizar as explicações apresentadas pelos estudantes a respeito das transformações químicas abordadas. Seu desenvolvimento se deu por meio de um trabalho conjunto entre professores e estudantes do IFRS – Canoas e da UFRGS, integrando as áreas de química, informática e design. De forma lúdica e contextualizada, o PensaQui propõe aos estudantes (usuários) a explicitação de suas ideias sobre as situações problematizadas, assim como a interpretação de informações utilizando distintos níveis de representação (macroscópico, simbólico e submicroscópico). Além disso, almeja-se que os estudantes tomem consciência de suas teorias individuais, diferenciando-as das teorias estudadas nas aulas de química, onde a compreensão da matéria como algo descontínuo e a conservação das propriedades não observáveis são núcleos conceituais fundamentais para o entendimento das transformações químicas. O objeto educacional encontra-se disponível para acesso livre no repositório do NAPEAD/UFRGS e no endereço  http://pensaqui.canoas.ifrs.edu.br, possibilitando que os docentes e seus estudantes realizem um cadastro que, posteriormente, poderá ser utilizado pelo docente para resgatar as informações registradas por seus estudantes ao utilizarem o PensaQui, ou seja, o docente terá acesso às ideias explicitadas pelos estudantes ao elaborarem explicações para as problematizações sugeridas pelo objeto educacional. Assim, a presente proposta de minicurso tem a finalidade de divulgar as possibilidades de utilização do PensaQui no contexto da educação básica, bem como, apresentar os pressupostos teóricos que foram utilizados para sua elaboração, enquanto proposta construtivista de ensino e aprendizagem para as aulas de química e/ou ciências. Pretende-se também que os participantes do EDEQ, docentes ou estudantes de química, utilizem e avaliem a proposta do objeto, indicando possibilidades de melhorias para a organização das próximas versões do PensaQui.

 

M 08 - Ensinando química pela pesquisa: uma proposta para ação docente

 

Ministrantes: Fabiana Pauletti (PUCRS), Lorita Aparecida Veloso Galle (PUCRS) e Marcus Eduardo Maciel Ribeiro (IFSul)

Resumo: Este minicurso tem por objetivo tratar os pressupostos teóricos e práticos da pesquisa em sala de aula (MORAES; GALIAZZI; RAMOS, 2012) mediante as Unidade de Aprendizagem (MORAES; GOMES, 2007) a fim de fornecer aos professores de Química um modo de ensinar pela investigação. Construiremos uma Unidade de Aprendizagem (UA) a partir dos questionamentos dos participantes sobre um tema da área de Química a decidir. Após a decisão do tema de pesquisa, serão formados grupos de investigação que deverão elaborar hipóteses e construir argumentos para resolver o questionamento proposto. Por fim, cada grupo comunicará e discutirá com os participantes as possíveis soluções ou respostas para o problema inicial, apresentando seus resultados e sua compreensão do fenômeno investigado, sendo valorizados o diálogo e a produção escrita. A construção de uma UA envolve os princípios da pesquisa em sala de aula e possibilita que os pressupostos teóricos e práticos sejam abordados conjuntamente. Este minicurso se justifica pela importância e necessidade de inserção de práticas investigativas no ensino de Química. A possibilidade de conhecer e vivenciar os pressupostos teóricos e práticos da pesquisa em sala de aula possibilitará aos professores e licenciandos de Química reflexões em torno da importância de empregar essa metodologia, podendo capacitá-los para o uso dessa e de outras metodologias investigativas. A adoção da pesquisa como princípio pedagógico na Educação Básica já é uma recomendação das Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2103), cabendo agora aos cursos de formação inicial e continuada de professores tratar da inclusão de práticas investigativas para que os professores de Química conheçam métodos dessa natureza e sintam-se encorajados a empregálas.

 

M 09 - Controvérsias sociocientíficas e ambientais no ensino de química: a questão do lixo na praia do Cassino

 

Ministrantes: MSc. Andrei Steveen Moreno Rodríguez (UFRGS) e Lic. Francieli Martins Chibiaque (FURG)

Resumo: Nos últimos anos, a abordagem de controvérsias sociocientíficas e ambientais em sala de aula, tem-se constituído como um importante espaço de discussão e debate no ensino de ciências naturais e especificamente no ensino de Química promovendo de forma concreta os pressupostos do enfoque Ciência, Tecnologia e Sociedade – CTS. A abordagem tem como principais objetivos: favorecer o letramento científico dos estudantes e propiciar o desenvolvimento de habilidades argumentativas e participativas para o efetivo exercício da cidadania. Nessa perspectiva, o presente minicurso visa o estudo das características da abordagem no ensino de Química por meio de exemplos e atividades práticas. Com foco principal na questão do lixo na praia do cassino, os participantes terão a oportunidade de refletir e discutir acerca de uma problemática socioambiental contextualizada que afeta os habitantes e o entorno natural da região, posicionando-se e propondo alternativas de solução para dita questão.

 

M 10 - Desenho universal para a aprendizagem no ambito do ensino de quimica

 

Ministrantes: Profa. Dra. Amélia Rota Borges de Bastos (UNIPAMPA), Acad. Lucas Maia Dantas (UNIPAMPA) e Acad. Sarah Gonçalves Alves Campos (UNIPAMPA)

Resumo: O mini curso abordará a temática do Design Universal for Learning- UDL (Desenho Universal para a Aprendizagem) - pressuposto teórico-metodológico que tem como foco a aprendizagem para todos os alunos. A partir da compreensão de como o cérebro aprende, o UDL propõe um conjunto de princípios e estratégias para a prática pedagógica, que deve organizar-se a partir da adoção de objetivos de aprendizagem adequados as características cognitivas e estilos de aprendizagem dos estudantes e, pela escolha e desenvolvimento de materiais e métodos acessíveis, responsivos a estas características. Para o UDL o processo de ensino/aprendizagem e os objetos e recursos nele utilizados devem ser construídos de forma acessível, permitindo a qualquer aluno, com deficiência ou não, o acesso aos elementos curriculares. Para essa construção, as barreiras à aprendizagem devem ser identificadas e o planejamento do currículo deve ser flexível, de forma a superá-las. No âmbito do mini curso, para além da apresentação teórica dos pressupostos, serão realizadas atividades práticas que objetivarão a análise de propostas didáticas no âmbito do ensino de química com características de UDL, bem como, a proposição por parte dos cursistas de materiais a partir do enfoque do UDL.

 

M 11 - O enfoque CTSA como metodologia para despertar o interesse pela ciência na educação básica

 

Ministrantes: Profa. MSc. Cristine Santos de Souza da Silva (ULBRA), Grad. Denise Santos de Souza (ULBRA) e Profa. MSc. Tânia Renata Prochnow (ULBRA)

Resumo: O mundo atual é fortemente influenciado pela ciência e pela tecnologia. No ensino, o enfoque CTS tem como objetivo desenvolver a alfabetização científica e tecnológica, auxiliando na construção de conhecimento, habilidades e valor, incorporando a atuação na resolução de problemas (SANTOS & MORTIMER, 2000). Segundo Castelfranchi et al (2013) o CTS é um instrumento fundamental para o desenvolvimento de ações que visem favorecer a inclusão social, aperfeiçoar o ensino de Ciências, bem como entender os fatores que levam os jovens a escolher, ou não, carreiras científicas. Sabe-se que a educação é elemento imprescindível para a formação de um cidadão que seja crítico, reflexivo, atuante e capacitado para o exercício da cidadania. Chassot (2006) corrobora com esta visão explicando que ao ensinar Ciências não se pretende prioritariamente formar cientistas, mas sim, ensinar aos alunos uma linguagem que facilite o entendimento do mundo que os cerca. Por este motivo, cada dia mais, a comunidade científica chama atenção para a importância, o impacto social e a relevância que o ensino de Ciências assume diante dos avanços tecnológicos da sociedade moderna, alertando da necessidade de educar sob esta perspectiva em conjunto com o enfoque ambiental. Em vista destes fatos, fica cada vez mais acentuada a necessidade do desenvolvimento do interesse dos estudantes acerca da temática Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA), visando assim o aprimoramento do ensino de ciências de forma a favorecer ações de popularização científica e, também, a promoção da ciência e da tecnologia em prol da responsabilidade socioambiental. Tolentino-Neto (2008), fala que ensinar Ciências é um desafio, e por este motivo, a falta de interesse pelo assunto, as dificuldades de entendimento dos conteúdos e os métodos associados ao seu ensino, precisam ser repensados, bem como a inserção do seu papel na sociedade como parte da cultura. Neste contexto, a proposta do presente minicurso envolve uma proposta metodológica baseada no enfoque CTSA de modo a despertar o interesse dos alunos pela ciência que possa atingir de forma significativa os diferentes níveis da Educação Básica. A execução do minicurso se divide em 4 módulos, baseados nos diferentes níveis da Educação Básica: Educação Infantil, Ensino Fundamental – Séries Iniciais, Ensino Fundamental – Séries Finais e Ensino Médio. Cada um destes módulos considera as interfaces do conteúdo de Química e sua relação com o ambiente. A intenção deste minicurso visa, ainda, estimular o papel dos professores como formadores de cidadãos conscientes de suas responsabilidades socioambientais, devido as aulas de Ciências contribuírem para a inclusão tecnocientífica e para o desenvolvimento da consciência ambiental transformadora.

 

M 12 - Design Thinking para educação

 

Ministrantes: Lic. Leandro dos Santos Silveira (UFRGS) e Acad. Gustavo da Silva Pontin (UNISINOS)

Resumo: Mais que dominar áreas de conhecimento, necessitamos de pessoas que sejam criativas; mais que elaborar ideias individualmente, criar de forma colaborativa; errar e aprender a aprender com o erro; refazer; ver de outros ângulos; fazer fazendo; aprender fazendo; cérebro e mãos trabalhando de forma coordenada. O pensamento de design, e suas tantas ferramentas, possibilitam a construção do conhecimento pela elaboração do artefato, pela discussão em grupo, a reflexão no fazer, o pensamento divergente e lateral, a tolerância pelo diverso, a empatia e a iteração – fazer e refazer para atingir o resultado projetado e imaginado. O design, e seus recursos, deveria ser disciplina obrigatória, a começar por professores. Este minicurso propõe atividades de design thinking com utilização de algumas ferramentas, desenvolvendo atividades necessárias para a resolução de problemas. Resgata e mostra a importância do trabalho com as mãos, criando e recriando modelos que resultam da produção em grupo para a resolução de situação real ou projetada.

 

M 13 - Práticas de educação ambiental e professores de química: reflexões e propostas

 

Ministrante: Profa. Dra. Elaine Angelina Colagrande (UNINOVE)

Resumo: A preocupação na elaboração de projetos e práticas de Educação Ambiental (EA) nos espaços educacionais formais, nos quais as escolas de ensino básico estão inseridas, vem se acentuando, especialmente após as recomendações veiculadas por meio dos documentos oficiais como os PCNs, que apresentam o meio ambiente como tema transversal, bem como a Política Nacional de Educação Ambiental e, mais recentemente, pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. Apesar de tais recomendações, é possível perceber que atividades pedagógicas que tratam de EA ainda são desenvolvidas nas escolas de forma fragmentada, muitas vezes contemplando uma ação essencialmente comportamentalista, sem uma reflexão sobre a interação existente entre a sociedade e o meio ambiente. Nesse sentido, o minicurso "Práticas de Educação Ambiental e Professores de Química: Reflexões e Propostas" apresenta como principal objetivo oferecer espaço de discussão para que os professores em formação, em exercício e demais interessados, compartilhem conhecimento e ideias a respeito de práticas que envolvem a EA no ensino de química. Na primeira parte do minicurso será apresentado um panorama da trajetória da EA e seus principais referenciais, com destaque às diferentes representações sociais sobre meio ambiente (REIGOTA, 2009, 2010) e a prática da EA em uma visão socioambiental (CARVALHO, 2012, SANTOS et al.,2010), que contempla os aspectos sociais, históricos e culturais nas relações existentes entre meio ambiente e sociedade. Na segunda parte do minicurso, os participantes poderão discutir e planejar metodologias diversas para práticas de EA e posteriormente compartilhar tais propostas com o grupo, momento que será enriquecido por depoimentos de experiências já vivenciadas. Espera-se, como contribuição do minicurso, que as reflexões e as práticas compartilhadas favoreçam o planejamento de futuras ações que envolvem a EA nas aulas de química.

 

M 14 - Química na educação online – organizando o Moodle

 

Ministrantes: Profa. MSc. Ana Laura Salcedo de Medeiros (FURG), Acad. Alessandra Gomes da Costa (FURG), Acad. Andréia C. N. R. Souza (FURG) e Acad. Douglas Fernandes da Costa (FURG)

Resumo: Essa oficina tem por objetivos: a apropriação das ferramentas do Moodle na construção de um tópico de Química para Educação online, explorando os recursos da plataforma como ambiente virtual de aprendizagem. Conhecer e organizar no Moodle com objetos virtuais de aprendizagem, vídeos, simuladores, espaços experimentais online, fóruns, questionários, animações, hipertextos, elaboração de gifs e avaliações. Organizar aulas virtuais, criar e editar atividades e recursos. Interação com estudantes da Educação a Distância. A proposição inclui também apresentar estudantes do presencial e a distância que interagem nesse espaço de aprendizagem.

 

M 15 - Avaliação mediada por uma perguntinha em todas as aulas

 

Ministrantes: Prof. Dr. João Sarkis Yunes (FURG) e MSc. Edi Morales Pinheiro Junior (FURG)

Resumo: O presente minicurso está pensado a partir dos resultados obtidos com dois tipos de avaliações, na disciplina de Bioquímica Estrutural e Metabólica, do Curso de Graduação em Oceanologia, da FURG. Entre os anos de 1992 e 2002 foi utilizado unicamente o “Sistema I” de avaliação com uma prova bimestral ao final de cada período e exame. A partir de 2003 passou-se utilizar o “Sistema II” de avaliação, que compreende uma pergunta “x” (perguntinha) ao final de cada aula teórica e prática, avaliação nas aulas práticas e a apresentação de seminários. Com o objetivo de ilustrar o que vimos observando como resultado positivo de um método de avaliação mediada, neste minicurso iremos nos deter nos resultados da aplicação da perguntinha em que três consequencias emergiram: - os alunos passaram a estar presentes em todas as aulas, a demonstrar um grau de atenção e interesse notórios no tema das aulas e a estudar os temas como rotina semanal, sem exaustão ou estafa. As notas dos alunos em ambos períodos não diferem, por que pensamos que aqueles alunos do sistema I estavam bem acostumados e adaptados com aquela rotina da prova bimestral. Entretanto o sistema da “perguntinha em todas as aulas”, garante a assiduidade, detecta previamente as dificuldades individuais e permite um tempo rápido de recuperação do aluno, promove o intercâmbio mais ativo entre os professores e os alunos propiciado pela correção e devolução imediata das questões. Desperta a atenção e a motivação da turma numa disciplina considerada difícil e complexa como Bioquimica Estrutural e Metabólica. Este mini-curso durante o 37° EDEQ tem por objetivo promover a (1) divulgação deste método de avaliação, (2) discutir e apontar as maiores vantagens do método da perguntinha, (3) promover nos participantes a vontade de poder inserir este método dentro da sua realidade das diferentes disciplinas no âmbito da química. Nas duas reuniões do minicurso pretende-se desenvolver estes objetivos com grande participação e interação de todo o grupo, com atividades expositivas por projeção de slides no datashow e intervenções dos alunos. Além disto serão exemplificados alguns materiais necessários para a implantação do método como um cronograma de aulas claro e informativo, ficha de cada aluno, modelos de perguntinhas, como pontuar cada perguntinha, como colher as assinaturas bimestralmente e receber as avaliações-retorno dos alunos sobre o método.

 

M 16 - Elaboração de vídeo-aulas com o software Open Sankoré

 

Ministrante: Prof. Dr. Márcio Marques Martins (UNIPAMPA)

Resumo: O software Open Sankoré é uma ferramenta gratuita e disponível na internet. Com ela é possível criar aulas em vídeo para o ensino dos mais diferentes conteúdos. Ele permite inserção diversas mídias em uma mesma vídeo-aula, desde animações, escrita em um fac símile do quadro branco, jogos, consultas a sites da internet, equações, etc. Com ele é possível criar vídeo-aulas adequadas às mais diferentes realidades de sala de aula, indo das convencionais, passando pelas possuidoras de telas interativas, chegando até mesmo às salas de aula virtuais. Nessa oficina, apresentaremos as funções básicas do software e buscaremos a capacitação dos participantes para o uso dos principais recursos dessa importante ferramenta digital.

 

M 17 - O ensino de química interligado a realidade aumentada: aprendendo sobre ligações químicas através do software elemets 4D

 

Ministrantes: Lic. Cristiane da Cunha Alves (FURG), Lic. Karine Radünz (FURG) e MSc. Willian Rubira da Silva (FURG)

Resumo: As tecnologias digitais estão cada vez mais inseridas nos ambientes educacionais, possibilitando a realização de diferentes formas de se fazer a experimentação. Uma proposta para trazer a experimentação (ou experimentos) para a sala de aula é a Realidade Aumentada (RA). A RA é uma interface computacional avançada que objetiva trazer elementos virtuais para o ambiente físico com a possibilidade de interação síncrona. Esta tecnologia permite as pessoas interagirem com objetos gráficos computacionais sobrepostos a objetos simples, como um QR CODE, possibilitando a interação. A RA é uma opção para inserir em sala de aula a experimentação em Química, pois o professor não precisa de equipamentos caros para sua implementação, que pode ser utilizada a partir de um smartphone. Um fator importante é a questão da segurança, pois através dessa tecnologia é possível perceber diversos acontecimentos químicos que ocorrem na natureza sem pôr em risco os alunos. Este minicurso tem como objetivo principal apresentar o software ELEMETS 4D[1] como possibilidade para o Ensino de Química. Pretende-se proporcionar atividades para que os envolvidos verifiquem e aprendam a utilizar softwares em sala de aula. Neste sentido, pretende-se Oportunizar situações de aprendizagem para que ocorra o reconhecimento das funções do software e explorar as potencialidades para que ocorra o reconhecimento da funcionalidade e que possa ser usado como recurso para o Ensino de Química. Entre os objetivos secundários destacamos o debate sobre outras possíveis aplicações da RA no ensino de Química e a construção coletiva de propostas didáticas utilizando as tecnologias discutidas.

[1] Produzido pela empresa DAQRI, mais informações em: www.elements4d.daqri.com

 

M 18 - Utilização do jogo didático “quem sou eu?” e modelos moleculares como recurso de ensino de química orgânica no ensino médio

 

Ministrantes: MSc. Renata A. Balaguez (UFPel), Grad. Beatriz M. Vieira (UFPel) e Acad. Eduardo M. A. Sandagorda (UFPel)

Resumo: A proposta deste minicurso será desenvolvida em dois momentos, inicialmente serão apresentados através de recursos multimídia a importância que o desenvolvimento de métodos alternativos, como, jogos didáticos e modelagens, assim como trabalhos lúdicos contribuem para uma melhor compreensão para além do plano (quadro e caderno) e possam gerar uma aprendizagem de cunho significativo. Além disso, após esta parte teórica, o jogo “Quem sou eu?” assim como a modelagem de compostos orgânicos será desenvolvida através de uma proposta relacional, dialogada e contextualizada. É notável que existam muitas dificuldades no ensino de ciências no Brasil e no desenvolvimento de práticas pedagógicas, uma vez que, muitas vezes eles remetem-se a um ensino tradicional (transmissão-recepção, memorização e repetição). Assim, normalmente, as aulas de química tornam-se monótonas, desestimulantes contribuindo para uma má visão dos alunos em relação aos conteúdos de química, já que, eles não conseguem associar a matéria com o cotidiano, para compreender suas reais importâncias.1 Os jogos proporcionam uma forma divertida de estudar, tornando o conteúdo mais interessante além de desenvolver estratégias para a resolução de problemas e ser uma maneira diferente para o professor avaliar como está a assimilação do conteúdo em sala de aula.1 Ao perceber todas as dificuldades enfrentadas por professores no ensino de química orgânica, foi desenvolvida uma forma de contribuir para o processo de ensino-aprendizagem. O jogo “Quem sou eu?” foi desenvolvido na UFPel em uma disciplina de Instrumentação para o Ensino de Química, tendo como proposta principal, ser um jogo dinâmico, trabalhado em grupo e utilizando a figura professor como um mediador da prática desenvolvida. O jogo consiste em dividir a turma em quatro grupos e, a cada rodada, os grupos receberão uma molécula orgânica distinta, sendo importante salientar que, um grupo não deve olhar qual a molécula o outro grupo recebeu. Após todos os grupos terem recebido a molécula da rodada, serão reveladas dicas sobre a “identidade” da molécula em questão. Quando o grupo acreditar que a dica corresponde a sua 1 Souza, H. Y. S.; Silva, C. K. Dados orgânicos: um jogo didático no ensino de química, Holos, 2012, 3, 107-121. molécula ele deve permanecer de pé, por outro lado, se a dica em questão fizer o grupo decidir que ela não corresponde ao seu composto orgânico todos devem sentar-se. O jogo continua até que apenas um grupo fique de pé. Todavia, se dois grupos permanecerem de pé eles devem argumentar entre si, com intuito de identificarem a identidade da molécula desconhecida. Após a decisão final, o grupo deve escrever no quadro a nomenclatura IUPAC referente à molécula. Outra abordagem que pode auxiliar na compreensão de funções orgânicas é a utilização de modelagem. Segundo Santos 2001, “a aplicação de modelos teóricos para representar e manipular a estrutura de moléculas, e estudar reações químicas e estabelecer relações entre a estrutura e propriedades da matéria constitui o domínio de atuação da modelagem molecular”.2 Desta maneira, para concluirmos nossa oficina, pretendemos propor aos participantes, utilizando os kits de modelagem, que eles modelem as estruturas que lhe foram disponibilizadas durante o jogo, para realizarmos discussões acerca de estrutura, diferença de grupos funcionais, propriedades dos compostos, bem como trabalhar a tridimensionalidade.

 

M 19 - A construção do devir professor: identidades e representações na docência em química

 

Ministrantes: Profa. Lic. Josiele Oliveira da Silva (UFPel), MSc. Prof. MSc. Viviane Maciel da Silva (IFSul), Acad. Muriel Belo Pereira (UFPel) e Profa. Dra. Maira Ferreira (UFPel)

Resumo: Neste minicurso observaremos os estudos sobre identidades docentes e o modo como se constituem num campo de pesquisa, cuja discussão contribui para construção de sujeitos sociais. Partindo da noção de cultura e discurso como constituidores dos sujeitos, entende-se que as identidades não são fixas ou algo que vem da essência dos sujeitos e sim como construções dadas a partir e nas representações sociais. Para Hall (1996), as identidades não emergem do eu interior e individual e sim do diálogo e das representações presentes nos discursos da cultura. Pretendemos pensar, em relação à formação inicial em Química, que esta pode ser construída nos diferentes espaços (pesquisa, ensino e extensão) nos quais licenciandos circulam durante a graduação. Ainda, de acordo com Rosa (2010), a formação acadêmica com forte caráter disciplinar, contribui para a criação de identidades docentes disciplinares, por exemplo, a concepção de “ser professor de”, em especial professor de Química. Segundo Silva (2014, p. 17), “é por meio dos significados produzidos pelas representações que damos sentido à nossa experiência e aquilo que somos [...]” Ainda para o mesmo autor, os discursos constroem os lugares dos quais os sujeitos podem falar e se posicionar. Se estes jovens/futuros profissionais entenderem como um constante processo formativo tudo aquilo que circunda suas vidas, cada acontecimento será devir e ele constituirá novos lugares a serem habitados, ao invés de somente habitar espaços pré-estabelecidos por outros sujeitos. Para Deleuze (1987), o devir é tornar-se diferente, o ser do devir se dá nas possibilidades de experimentá-lo de modos diversos, em possibilidades de diferentes combinações de querer vir-a-ser (p.6). Neste minicurso pretendemos buscar respostas para as seguintes questões: Como são produzidas imagens e representações que dizem o que é “ser” e “como ser” professor/a de Química nos dias atuais? Como se dão os processos de construção do devir professor de Química? A que discursos e em que materialidades se constituem verdades acerca do professor/estudante de Química? Para tanto, inicialmente faremos uma atividade interativa, em que os participantes produzirão textos acerca do “ser professor” e ser professor de Química a partir de suas experiências. Na sequencia observaremos sites da internet, redes sociais (Facebook), Youtube, etc, sobre as representações da profissão professor/professor de Química nas mídias e proporemos uma discussão sobre como se estes se relacionam com os textos anteriores, promovendo uma contextualização em relação às pesquisas desenvolvidas pelas cursistas e os referenciais teóricos sobre identidade docente, formação dos professores de Química em diferentes espaços na universidade, envolvendo os conceitos de identidade, representação, sujeito, mal-estar na diferença, subjetividade e devir. Finalmente experimentaremos uma trilha sensorial, utilizando com pano de fundo a Química, o ensino de Química e a série Breaking Bad em que as subjetividades produzidas poderão ser postas em movimento e busca por contextualização.

 

M 20 - Experimentação: um toque mágico para o ensino de química

 

Ministrantes: Acad. Mayra Alonço (UFFS), Profa. Dra. Gisele Louro Peres (UFFS) e Prof. Dr. Letiére C. Soares (UFFS)

Resumo: A experimentação é uma estratégia eficiente para a criação de problemas reais que permitem a contextualização e o estímulo de questionamentos de investigação. Os conteúdos de Química normalmente são introduzidos em Ciências nos anos finais do Ensino Fundamental, esse distanciamento dos temas durante os primeiros anos da formação do aluno e a forma com que é abordada dificulta a percepção da Química no seu cotidiano e faz com que o aluno a compreenda apenas como um conjunto de símbolos e fórmulas matemáticas. Desta forma, entendemos que quando a experimentação é desenvolvida juntamente com a contextualização, levando em conta aspectos sócio-culturais e econômicos da vida do aluno, os resultados da aprendizagem poderão ser mais efetivos. Além do caráter motivador, o que desperta o interesse do aluno traz uma aprendizagem repleta de sentidos e significados, promovendo o desenvolvimento de atitudes e valores para a formação pessoal, possibilitando a atuação como cidadão crítico na sociedade atual, com uma melhor compreensão da Ciência no seu cotidiano. Sendo assim, nossa proposta é apresentar a Química aos alunos desde os primeiros anos escolares, incluindo os anos iniciais do Ensino Fundamental. Assim, objetivo deste minicurso é sinalizar como a utilização da linguagem lúdica, através da experimentação, pode promover o aprendizado significativo e despertar interesse para conteúdos de Química.  Inicialmente, utilizaremos a história do livro O mágico de Oz, de L. Frank Baum, em que é possível fazer uma contextualização histórica e observar que qualquer pessoa pode ser um mágico quando têm em mãos os instrumentos necessários. Para evidenciar isso, traremos o diálogo com diversos experimentos em micro-escala através de “passes de mágica”, como método lúdico de contextualização desses conteúdos. As práticas serão desenvolvidas com soluções específicas e em seguida, as mesmas evidências reacionais serão demonstradas com o emprego de materiais alternativos do cotidiano desses alunos para que eles observem a mágica da Química no dia a dia. Cabe ressaltar, que os ensaios podem ser realizados nos diferentes ambientes da escola, não necessitando de um espaço especializado. Ao final, cada participante do minicurso receberá um roteiro adaptado dos procedimentos que possibilitarão a aplicação destas atividades em outras ocasiões. Sugerimos ainda, que esta sequência metodológica possibilitará ao professor o desenvolvimento de outras práticas e que contribuirá para a formação do cidadão crítico, objetivo fundamental a ser buscado, na perspectiva de um ensino de Química que rompa com o modelo tradicional de ensino.

 

M 21 - Atividades teórico-práticas interdisciplinares para o ensino de ciências da natureza

 

Ministrante: Prof. MSc. José Francisco Zavaglia Marques (UFSM)

Resumo: O trabalho disciplinar acaba separando como forma de barreiras para que o indivíduo possa realizar interligação global e muitas vezes se tornam informações isoladas sem possibilidade de compreender a realidade em que o sujeito está inserido. A prática interdisciplinar tem como forma resolver questões do cotidiano que são complexas para a sua compreensão em estudos disciplinar e enriquecer as aulas tanto para os estudantes quanto para os docentes. Na busca de maior contextualização do ensino aos estudantes e visando quebrar a sequência de conteúdos, são abordados em aula temas local e regional do município em que os estudantes estão situados, como forma de trabalhar as questões de ciências, econômica, social, tecnológica e ambiental. Neste minicurso, possibilita compartilhar experiências e construir junto aos participantes novos olhares no ensino interdisciplinar na área de Ciências da Natureza. Desde de 2016, o ministrante trabalha com os estudantes temas interdisciplinares com o leite, cana-de-açúcar e a uva. As possibilidades de ensino vão muito além de compreender a composição química, fórmulas, funções e nomenclaturas chegando a debates das questões econômicas, impacto ambiental, clima, relevo, produção, características morfológicas e fisiológicas dos organismos envolvidos, leis e a qualidade e os benefícios dos alimentos derivados dos temas abordados.  Para despertar o interesse e a motivação dos estudantes o uso de práticas experimentais possibilita associar teoria com a prática. As práticas alimentares proporcionam compreender fenômenos químicos, biológicos e físicos presentes no processo de produção além de podermos determinar o pH, temperatura, densidade, massa produzida, custo de produção e realizar processos de trituração, destilação, filtração, fermentação biológica e química. O minicurso apresentará possibilidades de abordagem de temas pertinentes a área das Ciências da Natureza, o uso da problematização no ensino, a reflexão e construção da abordagem de um tema juntamente com os participantes do minicurso e a realização de atividades práticas.

 

M 22 - A potencialidade da literatura na sala de aula de Química: caminhos diversos na (re)construção do conhecimento

 

Ministrantes: Prof. Dr. Jackson Luís Martins Cacciamani (UFFS) e Profa. Dra. Gisele Louro Peres (UFFS)

Resumo: O presente minicurso no 37º Encontro de debates sobre Ensino de Química – EDEQ – propõe a partilha de experiências vividas, conhecimentos e saberes construídos na nossa formação enquanto professores acerca da importância da linguagem na sala de aula de Química. Somos professores que escrevemos, lemos e conversamos a respeito das nossas experiências vividas tanto na escola da Educação Básica quanto na Universidade. Por isso, escolhemos nesse momento a literatura, especialmente, a partir das obras de Clarice Lispector, Antônio Gedeão, Primo Levi e Augusto dos Anjos. A intenção desse espaço-tempo de formação no EDEQ é dialogarmos sobre a potencialidade da articulação entre Ciências e Literatura, bem como construirmos outros entendimentos sobre os conteúdos (conceituais, atitudinais, procedimentais, éticos, morais, religiosos, políticos, étnico-raciais, sociais, culturais e a linguagem nas suas diversas formas) na sala de aula de Química. Reiteramos o argumento de que o nosso processo de formação enquanto professores precisa ocorrer no seu locus profissional, ou seja, a escola da Educação Básica (Nóvoa, 2008) e que potencializamos um processo de investigação-ação-formação nas nossas práticas pedagógicas. E que a integração entre licenciandos, professores da escola e professores da universidade que Diniz-Pereira (2009) considera como formação acadêmico-profissional proporciona caminhos diversos num movimento de formação que tende a ser coletivo, complexo e produtor de sentidos a todos os envolvidos.

 

M 23 - Jogo de Realidade Alternativa (ARG): Definições, Contribuições, Limitações e aplicações no ensino de Química

 

Ministrante: Profa. Dra. Maria das Graças Cleophas (UNILA)

Resumo: Este minicurso tem como objetivo explorar o potencial educativo dos Jogos de Realidade Alternativa (ARG) como estratégia metodológica para o ensino da química visando o desenvolvimento de habilidades cognitivas e sociais. Nessa direção, o minicurso contemplará questões relevantes sobre o emprego destes jogos para o contexto educacional, suas vantagens, métodos de elaboração e aplicação dos ARG, além de discutir suas implicações para o processo de ensino e aprendizagem da química. O uso do ARG é recente no campo educacional e demonstra potencial perante a construção de conhecimentos químicos, pois exige a criatividade de quem elabora e requer flexibilização e adaptação de elementos da Aprendizagem Baseada em Problemas, de aplicativos para “gamificar” a atividade, do uso da sala de aula invertida (flipped classroom) e de estratégias mobile learning. Os ARG são jogos que possuem uma narrativa didática que podem conter diferentes tipos de enredos atrelados à química, ou seja, são construídos abrangendo em seu propósito educativo, inúmeros recursos, tais como, enigmas, pistas, jogos analógicos, experimentos, personificação, paródias, quizzes, jogos digitais, fotografia científica, GPS, aplicativos, entre outros. Logo, a narrativa é distribuída aos seus jogadores por meio de múltiplos desafios que interligam mundo real (ou seja, o cotidiano dos jogadores) com o ambiente virtual. É um jogo que se enquadra no gênero “jogos ubíquos”, ou seja, utilizam múltiplas plataformas como meio de comunicação entre os participantes, tais como, telefone, mensagens, e-mails, redes sociais, etc. Apresentam características que são relevantes para sua utilização em contextos educacionais, pois favorecem aspectos colaborativos, criativos e emocionais, intensificando desse modo, a participação e a motivação dos indivíduos no ambiente de aprendizagem que o ARG proporciona e, por conseguinte, gera experiências significativas frente ao entendimento de conceitos químicos. Promovem a construção da inteligência coletiva, de tal modo, que os desafios do jogo são resolvidos colaborativamente, ou seja, as inteligências individuais dos jogadores são somadas perante a resolução de problemas impostos no jogo, beneficiando assim, aspectos afetivos e cognitivos. O minicurso contribuirá no letramento digital dos sujeitos participantes, na forma como dinamizar e utilizar os espaços formais e não formais para executar o jogo, dando a oportunidade de ampliar e aproveitar o potencial do ARG como aporte para favorecer e diversificar aprendizagens em Química, além de desmistificar alguns entraves sobre sua inserção em sala de aula. O minicurso terá um caráter teórico e prático e abordará os seguintes tópicos: • Aplicação de tendências tecnológicas e educativas no ensino de química na construção de jogos do tipo ARG; • Estratégias de incorporação do m-learning para “gamificar” as aulas por meio do design de um ARG; • A utilização do ARG como estratégia de avaliação somativa e formativa; O uso do ARG para favorecer a construção de conhecimentos químicos em espaços formais e não formais; • Utilização do ARG como metodologia de Pesquisa-ação Participativa visando contribuir com a mudança social; • Apresentação dos elementos constituintes e obrigatórios de um ARG e, por fim, • Algumas recomendações para criar e aplicar o ARG como projeto em sala de aula.

 

M 24 - História e filosofia da ciência catalisando propostas indisciplinares

 

Ministrante: Prof. Dr. Attico Inacio Chassot (REAMEC)

Resumo: Com diferentes exemplos, se pretende fazer uma contemplação, ainda que panoramicamente, da História da Ciência e mostrar como a história da Filosofia, a história da Educação, a história das Religiões, a história das magias, a história das Artes, e para a surpresa daqueles mais ortodoxos, a história das magias e também a esquecida história “da história daqueles e daquelas que usualmente não são considerados como os autores (oficiais) da história” fazem tessituras para entendermos a história da construção do conhecimento. Uso alguns balizadores: a Revolução Copernicana que na aurora dos tempos modernos nos fez migrar do geocentrismo para o heliocentrismo, não sem o sacrifício na fogueira de alguns, recordo Giordano Bruno em 1600; a Revolução Lavoisierana no Século das Luzes, onde deixamos de acreditar no flogisto e entender a respiração como uma combustão; a Revolução Darwiniana, com o seu embate ainda não terminado entre criacionismo e evolucionismo; e, a Revolução Freudiana que nos ensinou que junto com o Consciente temos também o Inconsciente.

 

M 25 - Experimentos didáticos para o ensino de química – uma abordagem ao cotidiano

 

Ministrantes: Prof. Álvaro Luis da Rocha Figueira (FURG) e Lic. Jorge L. Marques Jr (FURG)

Resumo: Visando uma associação teórica/prática propomos está oficina de trabalho, a fim de estimular futuros e atuais profissionais da educação em química ao emprego da experimentação como elemento motivador e potencializador do processo de ensino/aprendizagem. Buscamos uma abordagem contextualizada voltada ao cotidiano do educando, estimulando-o ao gosto pelas ciências e a problematização como ferramenta ao desenvolvimento do conhecimento. Através das propostas experimentais apresentadas avaliamos a utilização de materiais simples e acessíveis, mas proporcionando qualidade tal qual materiais complexos e de difícil acesso. As práticas possibilitam a abordagem de conteúdos específicos mas, além disto desenvolver a criticidade no educando em se apropriar do conhecimento presente no seu cotidiano. Implicitamente está oficina oportunizará uma troca de experiências, entre seus propositores que trabalham, além das atividades experimentais de graduação, mas com atividades de extensão nesta temática e as vivências dos inscritos na oficina.